Minha paixão pela medicina começou muito cedo e foi motivada, principalmente, pela minha vontade de ajudar as pessoas. Durante meus estudos, fiquei encantada pela área de ginecologia e obstetrícia. Acredito que os mistérios da mulher, do corpo feminino e da maternidade – já que ser mãe sempre foi um desejo meu – me motivaram a trabalhar na área.

Posso afirmar que minha trajetória profissional foi permeada por minhas fases como mulher. Desde questões voltadas à adolescência e à descoberta da sexualidade; à assuntos relacionados à maternidade, ao envelhecimento, ao climatério, à menopausa e a preocupação com a qualidade de vida da mulher madura.

Mesmo assim, há um tempo venho me questionando sobre a forma com que a medicina é encarada. Tradicionalmente, o foco da medicina, em muitos casos, está voltado apenas aos sintomas e às doenças, algo que passou a me incomodar. Foi então que comecei a estudar e procurar alternativas de tratamentos humanizados, e fiz minha pós-graduação em medicina integrativa.

Estudar medicina integrativa tem sido um grande aprendizado para mim, não só pela intensificação dos meus valores como médica, mas também como mulher e como pessoa.

A medicina integrativa me faz olhar para coisas que antes passavam despercebidas, como a importância do contato com a natureza, com a família, com os amigos, e é claro, comigo mesma.

Hoje, posso dizer que a medicina integrativa realmente faz parte de mim, e tem impactado positivamente na minha vida. E como médica ginecologista, também quero levar, para as minhas pacientes, todo esse aprendizado e dividir, com elas, o que hoje me move.